O encontro de Lula (PT) com empresários, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta terça-feira (9), reuniu o maior público entre todos já realizados na série de eventos da entidade com presidenciáveis. Antes, a Fiesp já havia recebido Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe D'Ávila (Novo).
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o público foi tão grande que a Fiesp precisou adicionar mais cadeiras ao auditório para comportar toda a plateia.
Ao longo de seu discurso, Lula fez sinalizações ao agronegócio e foi aplaudido em inúmeros momentos. Em alguns deles, teve a fala interrompida pelos aplausos, como quando, por exemplo, celebrou a adoção de tecnologia na agroindústria e na pecuária. Recebeu uma salva de palmas, ainda, ao afirmar que "esse é o momento de o Brasil se apresentar ao mundo com a grandeza que ele tem".
Reformas administrativa e tributária
Aos empresários presentes no evento, Lula prometeu que, se eleito, trabalhará pelas reformas administrativa e tributária. Segundo o ex-presidente, a reforma administrativa é necessária pois "tem pouca gente ganhando muito e muita gente ganhando muito pouco. É possível fazer justiça a partir de uma reforma administrativa, e nós vamos fazer porque o Brasil precisa disso”.
Já sobre a reforma tributária, o petista declarou que terá como prioridade taxar mais o patrimônio e menos a produtividade. “Vamos sentar o rico e os que ganham menos para saber como vamos fazer essa reforma tributária. Logo depois da posse vamos colocar isso na mesa. Vai ser imediatamente essa reforma tributária, pois o futuro vai depender do que a gente fizer nos primeiros seis meses de governo", pontuou.
Infraestrutura
Em outro ponto de seu discurso, Lula relembrou da criação, em seu governo do maior programa de infraestrutura da história, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e destacou a necessidade de criar projetos de desenvolvimento atrelados à questão ambiental.
“A economia de baixo carbono é uma necessidade para a competitividade e é um jeito de ganhar dinheiro também. Temos que discutir como tirar proveito das riquezas que a gente tem”, sublinhou.
"Se eu for eleito, a primeira coisa que vou fazer é reunir os 27 governadores para reconstituir o pacto federativo e pensar um pacote de infraestrutura com as principais obras que precisam ser feitas em cada estado. E vou ajudar os governadores a buscarem investimentos", prometeu ainda.