Pivô de escândalos sexuais e trabalhistas recentes, o policial militar, youtuber e vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro (PL) teve sua candidatura a deputado federal contestada na Justiça Eleitoral na última sexta-feira (5). O pedido de contestação veio de André Barros, pré-candidato a deputado estadual pelo PSOL-RJ.
O pedido de impugnação da candidatura foi feito junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio aos ‘45 minutos do segundo tempo’, na última sexta-feira (5). André Barros explicou para a imprensa a razão da data. “Como ninguém entrou [com um pedido de impugnação], eu entrei. É uma medida de precaução, para que o Rio de Janeiro não eleja alguém que não tem condições de ter uma vida pública”, afirmou para o portal Uol.
A contestação que pode evoluir para impugnação da candidatura se deve ao fato de que Monteiro responde a um processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio devidos aos escândalos que se tornaram públicos e lhe renderam um pedido de cassação.
Uma acusações que pesam sobre Gabriel Monteiro é de manter relações sexuais com uma menina de 15 anos, ao que o vereador nega que teria ciência da idade da moça, o que não teria valor para sua defesa. Ele já está indiciado. Além deste caso específico, há acusações de que Gabriel teria obrigado assessores a assistirem-no mantendo tais relações sexuais. O vereador também gravaria vídeos dessas relações sexuais e assediava moral e sexualmente funcionários. Uma ex-assessora do vereador também confirmou as acusações e o definiu como um “doente social” em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio que pede a cassação de Monteiro.
Preocupado com a base política do PL e do próprio pai, até mesmo Carlos Bolsonaro tenta articular há meses uma forma de impedir a cassação de Monteiro. Além disso, o também vereador Chico Alencar recebeu ameaças após divulgar o relatório do Conselho de Ética para a imprensa.
A expectativa é que seja apreciada a cassação de Monteiro no próximo dia 10 de agosto. No entanto, como ainda não foi condenado, Monteiro não perdeu os direitos políticos, o que lhe apresenta uma brecha na lei que dificulta o pedido de impugnação da sua candidatura a deputado federal.