O fazendeiro Cyro de Toledo Júnior, conhecido como Nelore Cyro, que prometeu aos seus funcionários 15º salário caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) vença as eleições e até mesmo um 16º se a vitória for no primeiro turno, afirmou que sua oferta não se trata de compra de votos.
O pecuarista, cuja fazenda fica em Araguaçu, no Tocantins, disse que sua atitude foi uma tentativa de melhorar as condições de vida de seus funcionários. Ele afirma ainda que gastará R$ 90 mil com as bonificações para seus aproximadamente 20 empregados, caso o presidente seja reeleito.
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"Nós somos todos cabos eleitorais. Aqui na fazenda somos cabos do Bolsonaro. Vamos votar nele. Mas isso foi mais uma brincadeira. Será dado [o bônus], mas não vou dar dinheiro para político, vou dar dinheiro para os meus funcionários se o Bolsonaro ganhar. Só isso", disse.
"Se o Bolsonaro ganhar, quero que eles tenham um Natal feliz. Não estou comprando voto de ninguém. Só que nós, em peso, votamos no Bolsonaro", completou.
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Mentiras sobre Lula
Ele disse ainda que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer “nós estamos fodidos". Ele ainda mentiu ao afirmar que Lula teria dito que vai invadir terras no Tocantins e que no agro "só tem filho da puta".
"Aqui não tem jornal, não tem televisão (...) Aqui é o fim do mundo. É outro Brasil. O espírito da coisa é melhorar meus funcionários. Dar perspectiva, dar ânimo, que eles acreditem em alguma coisa. Comprar voto é com botijão de gás, que não é o que eu faço", conclui.
Ele ainda admite, de maneira contraditória, que paga mal seus funcionários: "o que sentimos na fazenda é que os salários estão muito baixos e o custo de vida, muito alto. Todos os meus empregados estão com problema. Então, uma forma que vi de ajudar e resolver o problema foi isso. Não existe intenção de compra de votos. Essa brincadeira vai me custar R$ 90 mil se o Bolsonaro ganhar", encerra.
Com informações do Painel, da Folha