ELEIÇÕES 2022

TSE atende ação do PT e proíbe armas nas seções eleitorais

Inclusive policiais armados terão de manter distância de 100 metros e só poderão se aproximar se chamados por autoridade eleitoral

Eleitor gravou vídeo em 2018 votando armado em Jair Bolsonaro (PSL, hoje no PL).
Eleitor gravou vídeo em 2018 votando armado em Jair Bolsonaro (PSL, hoje no PL).Créditos: Reprodução / Redes Sociais
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atendeu a pedido do Partido dos Trabalhadores e proibiu nesta terça-feira (30) o porte de armas dentro das seções eleitorais. Inclusive policiais armados deverão manter distância de 100 metros da seção e só poderão se aproximar se chamados por uma autoridade eleitoral. A decisão foi unânime, por sete votos a zero e busca assegurar a integridade dos eleitores e impedir quaisquer episódios de coerção do voto. A proibição vale para as 48 horas anteriores ao pleito e para as 24 horas seguintes.

O ministro Ricardo Lewandowski, relator do TSE para a questão, afirmou que o Brasil vive um quadro de escalada na confrontação e violência política como razões para a decisão. Lewandowski ainda fez críticas, sem citar nomes, a autoridades que minam as instituições democráticas com o pretexto de 'defender a democracia e a liberdade', e citou a invasão do capitólio em Washington como exemplo.

Alexandre de Moraes, o presidente do TSE, declarou que portar armas no votação pode configurar crime eleitoral e porte ilegal de armas. Esse tema, inclusive, foi amplamente debatido por Moraes na última semana com os comandantes-gerais das polícias militares.

“Armas e eleições não combinam. É um recado claro a todos os autoritários e fascistas que defendem o uso de armas como solução dos seus conflitos. Essa decisão garante uma eleição segura e democrática para todos os envolvidos (…) O presidente declarou em Curitiba que ‘quem tiver armado, sabe o que fazer’, então vejo essa decisão como uma decisão histórica porque coíbe e dá um recado a esses setores”, declarou Alencar Santana (PT), líder da oposição que acompanhou o julgamento.

Outro líder da oposição presente no julgamento, Reginaldo Lopes (PT-MG), lembrou episódios de violência política como o assassinato de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR) e os ataques aos atos de campanha de Marcelo Freixo (PSB) no Rio de Janeiro e destacou a importância da decisão.

Clique aqui e assista a entrevista coletiva com Alencar Santana (PT-SP) e Reginaldo Lopes (PT-MG), que acompanharam a decisão do TSE.

 

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