Em reunião com governadores e ex-governadores nesta terça-feira (30), o ex-presidente Lula, candidato do PT à presidência, debateu segurança pública e apresentou propostas para a área.
Uma das ideias do petista é, se eleito, recriar o Ministério da Segurança Pública. “Estamos propondo a criação do Ministério da Segurança sem que haja nenhuma interferência na política do Estado. O que queremos é aumentar a participação da União, sem interferir naquilo que é obrigação dos estados hoje", disse o ex-presidente.
Outra proposta é a instituição de um Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que vai incluir o Ministério Público e Defensoria Pública. Lula pretende, ainda, retomar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) com bolsas para formação dos policiais. “A gente vai levar muito a sério essa questão da violência, com uma discussão ainda mais forte. A gente vai ter que contribuir para que os Estados cumpram com suas funções nas comunidades e a gente consiga diminuir de verdade a violência”, destacou.
A retomada do Estatuto do Desarmamento, lei para controle de armas instituída em dezembro de 2006, também está entre as prioridades de Lula, assim como a rearticulação da Patrulha Lei Maria da Penha, que visa atender mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. C
"Vamos criar um comitê científico para a estruturação da Segurança Pública, com planejamento, metas e avaliações. Retomada do Estatuto do Desarmamento aprovada em plebiscito, acordo com países vizinhos para o combate ao tráfico de drogas", detalhou o ex-mandatário.
Universidades federais da Segurança Pública
Lula prometeu ainda, se eleito, criar universidades federais de segurança pública para formação de profissionais. "Vamos transformar a segurança pública em uma coisa importante, com uma universidade própria para poder formar e qualificar melhor os nossos profissionais de segurança pública", pontuou.
Participaram do encontro ex-governadores como Geraldo Alckmin (PSB), que é candidato a vice-presidente na chapa de Lula, Renan Filho (AL), Jaques Wagner (BA) e Wellington Dias (PI), além ds governadores Rui Costa (BA) e Paulo Câmara (PE).