O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), tão acostumado a lançar todo tipo de ofensa e insulto aos adversários de seu pai e apontado como o operador do “gabinete do ódio”, o malévolo setor de redes sociais do bolsonarismo, que entope a internet com fake news e destrói reputações no mundo político, ficou muito chateado após ser chamado de “miliciano” pelo deputado federal André Janones (Avante-MG), assessor de redes sociais da campanha de Lula (PT), e acionou o parlamentar no Supremo Tribunal Federal (STF).
Recentemente Janones chamou Carlos de “miliciano, bandido e vagabundo”, o que despertou a fúria do rebento 02 do presidente da República. Acostumado a destroçar adversários com as mais sórdidas mentiras sob a alegação de estar exercendo sua “liberdade de expressão”, o filho presidencial abriu uma queixa-crime no STF (deputados têm foro privilegiado) pedindo uma indenização de R$ 20 mil a Janones.
O homem que comanda as redes da campanha de Lula à Presidência não deixou barato e, como de costume, usou a ironia e o deboche na hora de responder a Carlos Bolsonaro, inclusive fazendo alusão ao mais novo escândalo de sua família, a compra de metade de seu patrimônio imobiliários, de 107 imóveis, com dinheiro em espécie, o que em vias gerais é visto pelas autoridades como lavagem de dinheiro.
“Carlos Bolsonaro acaba de ingressar com uma ação no STF pedindo 20 mil reais por eu ter emitido a opinião de que ele é miliciano, bandido e vagabundo! Faz por 10 (mil) não? Eu pago em dinheiro vivo”, rebateu Janones no Twitter.
O deputado ainda falou sobre a sensibilidade aflorada de Carlos ao ser atacado, diferente de sua postura ao comandar ataques violentos contra opositores.
“Estou apenas exercendo a liberdade de expressão que a família Bolsonaro jura tanto defender; uma semana de liberdade de expressão e eles já estão recorrendo a um tribunal que, até ontem, diziam que bastava um soldado, um cabo e um jipe pra fechar. São incoerentes e confusos”, completou o parlamentar do Avante.