Com a suspensão do sigilo da investigação contra empresários bolsonaristas que pregavam uma ruptura institucional num grupo de WhatsApp, veio à tona a informação de que a Polícia Federal (PF) levou em consideração em seus pedidos de mandados de busca e apreensão um plano de golpe de Estado anotado num bilhete apreendido no escritório do blogueiro extremista Allan do Santos, que desde o ano passado está foragido nos EUA. O material foi obtido pela PF numa ação relacionada à CPI da Covid.
Naquela oportunidade, Allan dos Santos foi apontado pelos federais como um dos mais relevantes artífices dos movimentos antidemocráticos que pregam medidas como ditadura, fechamento do Congresso, do STF e promulgação de atos semelhantes ao AI-5.
Nas investigações da CPI da Covid, uma conversa entre Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, e o blogueiro foragido foi flagrada, e nela Allan pede para ser colocado em contato com Luciano Hang, empresário bilionário dono da Havan e um dos mais fiéis seguidores de Jair Bolsonaro. Após uns dias, o blogueiro informa Eduardo que a conversa aconteceu e que Hang se comprometeu a dar dinheiro para seu site de fake news, o Terça Livre.
Suspeitando das relações entre empresários e os ideólogos bolsonaristas, que poderiam estar sendo financiados pelos componentes do grupo de WhatsApp, a PF então solicitou autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também é o atual presidente do TSE, para que documentos e aparelhos celulares dos envolvidos fossem apreendidos.