O ator Pedro Cardoso, que quase diariamente se posiciona sobre política nas redes sociais, deu sua opinião nesta segunda-feira (29) sobre a realização de debates presidenciais com Jair Bolsonaro (PL).
O primeiro encontro entre presidenciáveis aconteceu neste domingo (28), nos estúdios da TV Bandeirantes, em São Paulo. Todos os principais postulantes ao Palácio do Planalto estiveram presentes, entre eles, Lula (PT), Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
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Em sua análise, Pedro Cardoso voltou a afirmar que é apoiador de Ciro mas que, dadas as circunstâncias atuais, votará em Lula. "Votar em Lula, sem a menor sombra de dúvida. Ciro merecia mas a ocasião, para meu desgosto, não se fez. Teria que ter havido alguma unanimidade em torno dele; mas ela não se fez. Lula então", diz o ator no início de seu texto.
Depois, Cardoso passou a questionar o fato dos candidatos e emissoras toparem debates com Bolsonaro. Para ele, é um "erro desastroso admitir um líder fascista, um torturador evidente, um mentiroso absoluto, um desonesto em tudo, um sádico, um INIMIGO DA DEMOCRACIA num 'debate' democrático".
"Em nome de uma ilusória perfeição das defesas da democracia contra quem a quer destruir, admite-se 'debater' com quem só o que faz é destruir a democracia! Um erro! Um erro causado pela nossa hesitação em sermos democráticos radicais, fanáticos pela democracia, zeladores intransigentes dela! Fôssemos melhores democratas e não admitiríamos 'debater' com um líder fascista", pontua.
"Não tem conversa democrática possível com adoradores de ditaduras! Na minha opinião, os meios de comunicação não deveriam admitir Messias em 'debates'. Ponho aspas porque nem debates são. São oportunidades para publicidade pessoal, apenas isso. Debate implica em ceder caso a opinião do outro te convença. Alguém aqui já viu algum político ceder razão para outro por haver sido convencido? Jamais! Esses 'debates' são falsos", prossegue o ator.
Confira a íntegra da análise de Pedro Cardoso
Votar em Lula, sem a menor sombra de dúvida. Ciro merecia mas a ocasião, para meu desgosto, não se fez. Teria que ter havido alguma unanimidade em torno dele; mas ela não se fez. Lula então. Mas, meu ponto é: eu acho um erro, mas um erro desastroso, admitir um líder fascista, um torturador evidente, um mentiroso absoluto, um desonesto em tudo, um sádico, um INIMIGO DA DEMOCRACIA num “debate” democrático. Em nome de uma ilusória perfeição das defesas da democracia contra quem a quer destruir, admiti-se “debater” com quem só o que faz é destruir a democracia! Um erro! Um erro causado pela nossa hesitação em sermos democráticos radicais, fanáticos pela democracia, zeladores intransigentes dela! Fôssemos melhores democratas e não admitiríamos “debater” com um líder fascista. “Mas quem o determina fascista?”, dirão quem ainda acredita em tolerar intolerantes. Questão falsa, na minha opinião. Houvesse no brasil uma legalidade melhor, e Messias seria um presidiário, e nunca presidente da república. Nosso erro tem sido confiar que a democracia pode se defender sozinha. Não pode. Ela precisa que nós sejamos os seus defensores. Observe-se o estrago que Trump está fazendo à democracia americana. Não tem conversa democrática possível com adoradores de ditaduras! Na minha opinião, os meios de comunicação não deveriam admitir Messias em “debates”. Ponho aspas porque nem debates são. São oportunidades para publicidade pessoal, apenas isso. Debate implica em ceder caso a opinião do outro te convença. Alguém aqui já viu algum político ceder razão para outro por haver sido convencido? Jamais! Esses “debates” são falsos; e ocupam o lugar do verdadeiro debate de ideias do qual necessitamos. Eu, se candidato fosse, debateria com todos menos com quem esteja no jogo democrático apenas para destruir a democracia. Penso que devemos negar convívio a quem se vale do convívio para nos agredir. Nosso erro tem sido admitir como tolerável o intolerante. Um erro! Com Messias não tem conversa; tem a lei se um dia houver um melhor sistema jurídico no brasil. Minha opinião.