A vereadora de Belo Horizonte (MG), Duda Salabert (PDT), candidata a deputada federal, fez uma alerta durante entrevista ao Fórum Onze e Meia desta terça-feira (2): “As eleições serão as mais violentas da história. Isso é muito preocupante”, afirmou.
Por isso, Duda fez um apelo aos presidenciáveis: “Todos deveriam fazer um pacto antes das eleições. Um acordo nacional entre os candidatos para que eles e seus seguidores combatam a violência política”.
“Há uma rede neonazista articulada que se multiplicou no governo de Bolsonaro”, denunciou a primeira vereadora trans de Belo Horizonte.
Ela denunciou, por meio redes sociais, na segunda-feira (1), que recebeu por e-mail nova ameaça de morte contra ela, sua família e dois jornalistas do Congresso em Foco, feita por um integrante de grupo neonazista.
O autor, identificado como William Mazza dos Santos, seria membro de um fórum online de neonazistas frequentado pelos autores do massacre em uma escola de Suzano (SP), em 2019.
Segundo Duda, o homem já foi encontrado. “A polícia está investigando o tipo de ligação que ele tem com o caso”.
“Perder o emprego foi só o começo, na próxima vez você vai perder sua vida”, diz o início da mensagem. A ameaça faz referência à demissão de Duda Salabert, em 2021, de uma escola em que dava aulas.
“Em 2021, por e-mail, eles disseram que iriam me matar e ameaçaram transformar a escola em ‘um mar de sangue’. Com isso, fui mandada embora. Passei um ano e meio sem receber esse tipo de mensagem, mas fui surpreendida no domingo (31)”, explicou.
Duda vai se reunir com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e com a Justiça Eleitoral
Duda denunciou à Polícia Civil. “Amanhã (3) vou me reunir com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e com a Justiça Eleitoral. O objetivo é montar uma força-tarefa para encontrar todos os criminosos”.
Ela apontou, ainda, a melhor forma de acabar com esse ciclo de violência política: “É preciso sepultar o bolsonarismo e fazer com que Bolsonaro, Moro sejam presos. Inclusive o Aécio Neves, que ajudou a pavimentar o caminho para os dias de hoje”.
Assista à íntegra da entrevista: