Pesquisa telefônica FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira (15) mostra um crescimento vertiginoso de Lula (PT) entre os beneficiários do Auxílio Brasil após Jair Bolsonaro (PL) iniciar o pagamento de R$ 600, valor que sofreu reajuste em tentativa desesperada do presidente para comprar votos das camadas mais pobres da população.
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Segundo o levantamento, entre os beneficiários, Lula saiu dos 53% registrados no dia 8 de agosto para 61% da pesquisa atual. Bolsonaro manteve os 24% nas duas pesquisas, após cair 4 pontos na pesquisa divulgada em 25 de julho.
A pesquisa foi a campo entre os dias 12 e 14 de agosto, dias depois do início do pagamento do valor reajustado do auxílio, que começou no dia 9.
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Entre os 2 mil brasileiros ouvidos pela FSB, 9% se dizem beneficiários do Auxílio Brasil - universo de cerca de 200 eleitores.
Entre aqueles que não recebem, mas têm alguém de casa que recebe - 7% dos entrevistados -, o movimento foi inverso e as intenções de votos em Lula caíram de 62% para 53%. Nesse nicho, Bolsonaro subiu de 20% para 28%.
Já no universo dos eleitores que não recebem o auxílio - 83% dos pesquisados - houve pouca oscilação. Mesmo assim, Lula ganhou 3 pontos, indo de 39% para 42%. Bolsonaro oscilou um para menos e está com 35%.
"O governo começou o ciclo de pagamento da primeira parcela de R$ 600,00 na última terça-feira, dia 9. O calendário de pagamento segue até o dia 22. Por enquanto, a diferença de Lula sobre Bolsonaro entre quem recebe o benefício continua bastante confortável. Só nas próximas semanas será possível ver se haverá mudança nesse segmento", diz Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa.
Lula cresce e chega a 49,4%
Entre os eleitores em geral, Lula cresceu 4 pontos e chegou a 45% dos votos totais - 49,4% dos válidos. Bolsonaro marca 34%. Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro, com 8% das intenções de votos e Simone Tebet (MDB), tem 2%. Os demais candidatos somados contam com 2% das intenções de votos.
Petista lidera na maioria dos segmentos
O detalhamento da pesquisa FSB mostra ainda que Lula lidera na maioria dos segmentos. Entre os mais pobres - até 1 salário mínimo -, o petista tem 66% contra 15% de Bolsonaro. Entre eleitores que recebem até 2 salários, o placar é de 49% a 29%. Na classe média - de 2 a 5 salários - há empate técnico com Bolsonaro vencendo por 40% a 38%. O atual presidente lidera com folga entre os mais ricos: 49% a 26%.
Nas regiões do país, Bolsonaro fica à frente no Sul, com 45% a 37%, e Norte/Centro Oeste, com 41%a 38%. Lula vence no Sudeste (39% a 36%) e Nordeste (64% a 19%).
O petista também lidera entre aqueles que têm Ensino Fundamental (57% a 31%), Médio (38% a 36%) e Superior (36% a 34%).
No nicho religioso, Lula vence entre católicos por 50% a 31% e Bolsonaro entre evangélicos - 49% a 30%. O petista lidera ainda entre "outras religiões" (39% a 32%) e aqueles que se dizem "sem religião" 56% a 18%.
O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 12 e 14 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-00603/2022.
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