De acordo com a prestação de contas para sua candidatura a deputado distrital, o irmão de Michelle Bolsonaro, Eduardo Torres (PL-DF), informou um aumento de R$ 425 mil em seu patrimônio no últimos quatro anos, durante o mandato do cunhado. Se em 2018 Torres não teria qualquer patrimônio declarado, neste ano declarou um veículo no valor de R$ 25 mil e outros R$ 400 mil em bens imobiliários não especificados.
A princípio pode não parecer muito. Dividindo por 48 meses, daria pouco menos de R$ 9 mil mensais. Algo relativamente possível para uma pessoa que ganhe um alto salário e já tenha alguma estrutura familiar anterior à vida produtiva. No entanto, o aumento no patrimônio do candidato não parece bater com condições semelhantes a essas.
Torres ficou conhecido em 2020, durante a pandemia de Covid-19, ao aparecer na imprensa recebendo o auxílio emergencial. Ele teria recebido do governo um total de R$3,6 mil de um benefício destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social, o que não era seu caso. Como justificativa ele declarou à época que estava sem trabalho fixo.
O irmão da primeira-dama estaria vivendo naquele momento de trabalhos esporádicos dentro da sua área, que é a de produção audiovisual e de eventos. Eduardo foi produtor audiovisual da Caixa, terceirizado, por mais de uma década e, durante a gestão do atual presidente, trabalhou para Bolsonaro em suas lives, viagens e eventos presidenciais.