No dia 19 de julho a Câmara dos Deputados aprovou, por 469 votos a favor e 17 contrários, a chamada PEC das Bondades, que permitiu o governo Bolsonaro gastar mais de R$ 40 bilhões e aumentar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e criar benefícios para caminhoneiros e taxistas.
O pacote de bondades foi apontado como estratégia eleitoral de Bolsonaro (PL), pois, tem validade de cinco meses, ou seja, em dezembro o aumento do Auxílio Brasil e os programas criados serão finalizados.
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À época da votação, a oposição tentou retirar do texto da PEC a expressão "durante 5 (cinco) meses" no trecho que falava sobre o aumento do valor do Auxílio Brasil e outro que buscava modificar a vigência alterando a expressão "no período de 1º de agosto a 31 de dezembro de 2022", porém, ambas as propostas foram derrotadas.
Ao que tudo indica, o objetivo de Bolsonaro, aumentar a sua intenção de votos e cavar um segundo turno, parece estar dando certo, pelo menos é o que indica pesquisa realizada pela Genial/Quaest no estado de São Paulo, de forma presencial, no dia 5 agosto.
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O levantamento, além de indicar um empate técnico entre Lula (37%) e Bolsonaro (35%), a pesquisa da Genial/Quaest também mostra um crescimento vigoroso do presidente entre os beneficiários do Auxílio Brasil no estado de São Paulo.
De acordo com a pesquisa da Genial/Quaest, Bolsonaro cresceu 9 pontos entre aqueles que recebem o Auxílio Brasil em São Paulo: tinha 20% e agora tem 29%. Para o diretor do instituto, Felipe Nunes, "a expectativa pelo pacote de bondades do governo parece começar a fazer efeito eleitoral positivo".
Além disso, a pesquisa revela que Bolsonaro também cresceu entre aqueles que recebem até 2 salários-mínimos: tinha 21% em julho, e agora tem 28%, ou seja, um crescimento de 7 pontos.
Bolsonaro cresce e está em situação de empate técnico com Lula em SP
Segundo o levantamento, Lula manteve os 37% da pesquisa divulgada em julho, enquanto Bolsonaro foi de 32% para 35%.
Ciro Gomes (PDT) aparece com 7% das intenções de voto e Simone Tebet (MDB-MS) com 3%. Vera Lúcia (PSTU) e Luiz Felipe D'Ávila (Novo) têm 1% cada um. Os demais candidatos não pontuaram no estado, que tem ainda 6% de indecisos e 9% que declaram voto em branco ou nulo.
Na pesquisa espontânea, quando não são revelados os nomes dos candidatos, Lula oscilou dois pontos para mais e chegou a 27%. Bolsonaro tem um ponto a mais que no mês passado e marca 26%.
Segundo turno
Em cenário de segundo turno em São Paulo entre Lula e Bolsonaro, o petista tem 44% e o atual presidente, 40%. Indecisos somam 3% e votos em branco e nulos e não pretendem votar, 13%.
Queda na avaliação negativa
A pesquisa, que foi realizada entre os dias 5 e 8 de agosto, mostra ainda uma queda na avaliação negativa do governo Bolsonaro - 45% para 43%. A avaliação positiva oscilou um ponto porcentual, de 28% para 29%. Os que consideram o governo Bolsonaro regular somam 26%, ante 24% da última sondagem. Não sabem ou não responderam 2%.
A Quaest entrevistou 2 mil pessoas. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-07655/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos e o nível de confiança de 95%.