Inexplicavelmente, a Polícia Federal (PF) decretou sigilo sobre a investigação do domicílio eleitoral do pré-candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A apuração foi pedida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em julho, e o prazo de 30 dias venceu no sábado (7), sem que as conclusões fossem divulgadas.
O pedido de investigação foi feito pela Promotoria Eleitoral depois que representações, mencionando reportagem da Folha de S.Paulo, revelaram que Tarcísio não mora no apartamento que apontou à Justiça Eleitoral, no município de São José dos Campos (SP), que fica a 590 quilômetros da capital.
De acordo com reportagem de Wanderley Preite Sobrinho, no UOL, o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) declarou à Justiça Eleitoral que alugou um apartamento, do cunhado, em um bairro nobre de São José dos Campos.
O UOL se dirigiu ao endereço e foi informado pelo porteiro que o apartamento estava vazio. Tarcísio admitiu não viver na cidade. Segundo o bolsonarista, ele estaria fixado na capital paulista para facilitar os deslocamentos durante a campanha.
Pré-candidato por SP, Tarcísio declara ao TSE imóvel de R$ 2,1 milhões em Brasília
Além da confusão envolvendo o domicílio eleitoral de Tarcísio, ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 2,4 milhões. O mais estranho é que a parte mais valiosa do total é um apartamento em Brasília (DF), comprado por R$ 2,1 milhões em 2019, segundo reportagem de Weudson Ribeiro, no UOL.
Tarcísio de Freitas nasceu no Rio de Janeiro e morou na capital federal até janeiro de 2022, quando transferiu o domicílio eleitoral para São José dos Campos (SP), local onde também não mora.
A declarada mudança provocou ações protocoladas pelo PSOL e União Brasil.