PEDRO GUIMARÃES

Pedro Guimarães quis aumentar o próprio salário, mas Paulo Guedes não deixou

Afastado da Caixa por suspeita de assédio sexual, Guimarães ainda recebia um valor extra de R$ 130 mil por ser membro de conselhos de administração

Pedro Guimarães e Jair Bolsonaro.Créditos: Isac Nóbrega/PR
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O ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afastado após denúncias de assédio sexual e moral, tentou aumentar o próprio salário enquanto liderava o banco.

Guimarães, que ainda recebia um valor extra de R$ 130 mil por ser membro de conselhos de administração de subsidiárias da Caixa e de empresas privadas das quais o banco é sócio, tentou subir o valor de seus rendimentos de R$ 56,1 mil para R$ 80,8 mil, um aumento de quase 44%.

Economia barrou aumento

A proposta do reajuste chegou a passar por várias instâncias internas da Caixa e foi barrada apenas no Ministério da Economia. Além do salário de Guimarães diretores executivos e vice-presidentes também seriam beneficiados pelo reajuste.

O salário dos diretores saltaria de R$ 41,8 mil para R$ 61,7 mil. Já entre os vice-presidentes, o valor subiria de R$ 50,2 para R$ 74,1 mil. Em todos os casos, o reajuste seria superior a 47%.

Como justificativa para o Ministério da Economia, a equipe da Caixa argumentou a respeito dos excelentes resultados do banco, superiores aos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil.

O valor de R$ 80,8 mil que Guimarães queria receber era o exato salário de Gustavo Montezano, presidente do BNDES.

Com informações da coluna de Rodrigo Rangel, no Metrópoles