Ao contrário dos generais lotados no governo Federal, incluindo no Ministério da Defesa, o General Luís Carlos Gomes Mattos, presidente do Superior Tribunal Militar, defendeu nesta quarta (27) que é a Justiça Eleitoral quem deve decidir sobre as eleições, diante de jornalistas, em seu discurso de despedida do Tribunal.
O general que completou 75 anos de idade e está sendo aposentado compulsoriamente por limite de idade, defendeu que as Forças Armadas devem atuar dentro dos seus limites, quando e se solicitadas, para garantir que o processo eleitoral seja legítimo, democrático e tenha respaldo popular, como uma verdadeira burocracia de Estado.
“Temos uma Justiça Eleitoral que é responsável pelo funcionamento das eleições. Nossa missão é diferente, não temos que nos envolver, mas garantir que o processo seja legítimo. Essa é a missão das Forças Armadas”, declarou.
Apesar da declaração, é importante recordar que no ano passado, em entrevista, o Gomes Mattos deu declarações afirmando que Bolsonaro não ameaçava a democracia brasileira e que, assim, a oposição estaria “esticando a corda”, além de ter defendido a gestão de outro general, Eduardo Pazuello, à frente do Ministério da Saúde. O mesmo que é especialista em logística e confundiu as capitais Manaus e Macapá quando da necessidade de enviar respiradores.