O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA confirmou pela primeira dois casos da Varíola dos Macacos em crianças.
De acordo com as autoridades médicas, as duas crianças infectadas mostram que, embora a doença, pelo menos até aqui, tenha sido transmitida na maioria dos casos por meio de relações sexuais, ela contamina qualquer pessoa.
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Uma das crianças diagnosticada é da Califórnia e a outra, um bebê, que estava viajando com a família em Washington. Ambas são residentes dos EUA.
Para a CDC, os dois casos infantis da Varíola dos Macacos não estão relacionados e provavelmente são oriundos de transmissão doméstica. A agência também informou que as crianças estão bem de saúde e que investiga como elas foram infectadas.
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Médicos pesquisadores têm divergido quanto a maneira como a Varíola dos Macacos têm sido transmitida, isso porque, até este momento a maior incidência é entre Homens que fazem sexo com outros homens (HSH), indicam levantamentos do Reino Unido e nos EUA.
Pesquisadores do Reino Unido, EUA e Brasil pedem cautela com os dados iniciais, pois, temem que isso faça com que se reproduza discursos equivocados semelhantes aos que foram produzidos quando surgiu o HIV/Aids e que este vírus infectava apenas pessoas LGBT.
"Isso foi um desastre no passado [com a epidemia de Aids], já tem muitos casos [de Varíola dos Macacos] que não têm nada a ver [com transmissão sexual]. Já existem casos em que o contato envolvido foram roupas de cama, toalhas. Não se pode pensar com simplicidade essa história", declarou o médico infectologista David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do governo de São Paulo, ao jornal Folha de S. Paulo.
O Ministério da Saúde confirma, até este momento, 607 casos da doença até a última sexta-feira (22).
Segundo o CDC, a transmissão pode se dar:
- Gotículas do vírus
- Contato direto com lesões ou fluídos corporais de uma pessoa infectada
- Contato indireto por meio de roupas ou lençóis contaminados