O Ministério da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PL), sob o comando de Paulo Guedes, contratou uma empresa que será responsável pelo disparo de quase 2 bilhões de mensagens de texto via celular. O valor do contrato é de R$ 84,2 milhões, com duração de 36 meses.
A vencedora da disputa foi a TServcom Tecnologia, companhia que tem sede em Ituverava (SP). Outros quatro grupos participaram da licitação, porém, foram superados por terem oferecido preços mais altos.
O ministério pretende utilizar esse tipo de ferramenta para notificar usuários sobre os serviços públicos do governo, de acordo com informações da coluna Radar, na Veja.
“O SMS (mensagem de texto) utiliza uma infraestrutura amplamente difundida e acessada pela população, sem qualquer custo para o cidadão. Não é necessário que haja conexão do cidadão com a internet – basta apenas que o usuário já esteja ativo em uma operadora de telefonia. A iniciativa facilita a distribuição da informação pública e contribui para que os cidadãos sejam melhor atendidos e assistidos”, disse nota do ministério.
Ministério renovou contrato com a empresa
O Ministério da Economia usa a ferramenta desde abril de 2022, mas renovou o contrato com a TServcom em junho.
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi às redes sociais para dizer que a iniciativa “é uso e abuso da máquina pública pra comprar voto” e pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “tome providências” e “coloque freios nessas investidas”.
“Bolsonaro driblou a lei pra fazer proselitismo político e agora contratou empresa pra disparar 2 bilhões de mensagens por telefone pra ‘divulgar serviços públicos’. É uso e abuso da máquina pública pra comprar voto. TSE tem de tomar providências e colocar freios nessas investidas”, publicou Gleisi.