Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar, neste domingo (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na sexta (15), o magistrado deu prazo de 48 horas para que o presidente esclareça afirmações em que incita a violência. “Quer provocar. Ele quer intimidar quem?”, disse Bolsonaro.
Moraes deu dois dias para o chefe do Executivo se manifestar a respeito do pedido feito por partidos de oposição para proibi-lo de proferir discurso de ódio ou incitação à violência, sob pena de ser multado em R$ 1 milhão.
PT, Rede, PCdoB, PSB, PV, PSOL e Solidariedade acionaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dias após o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, por um policial penal bolsonarista.
Os partidos alegam que “essa prática reiterada durante seus atos de pré-campanha, agendas institucionais e aparições nas redes sociais vão reforçando no imaginário comum de seus apoiadores a prática da violência”.
Segundo os partidos que assinam a representação, falas e atitudes de Bolsonaro, como "vamos fuzilar a petralhada", entre tantas outras, incentivam atos violentos de seus apoiadores contra opositores, a exemplo do crime cometido contra Arruda. Por isso, as legendas pedem que o TSE proíba o presidente de proferir discurso de ódio ou de incitação à violência.
Bolsonaro foge da resposta e diz que a questão está com a AGU
Questionado sobre o prazo, que terminaria neste domingo (17), Bolsonaro afirmou que a questão está nas mãos da Advocacia-Geral da União (AGU).
“Não sei [sobre a resposta], está com a AGU. O cara, numa sexta-feira, dá 48 horas? Quer provocar! Não quer o diálogo e nem solução. Ele quer intimidar quem? Tá buscando a paz, a tranquilidade, a harmonia dos poderes?”, atacou Bolsonaro.