POLÍTICA

Lula se emociona ao falar sobre Marcelo Arruda e detona Bolsonaro: "Uma pessoa do mal"

O ex-presidente comentou em discurso sobre o atentado bolsonarista que tirou a vida do guarda civil, que era dirigente do PT

Lula durante ato em Diadema.Créditos: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula (PT) não escondeu a emoção durante discurso feito nesta terça-feira (12) em Brasília em seu primeiro ato público após o atentado bolsonarista que tirou a vida do guarda civil petista Marcelo Arruda. O ex-mandatário condenou o episódio e fez duras críticas o presidente Jair Bolsonaro (PL), inclusive à ligação que ele fez a irmãos bolsonaristas de Marcelo.

"Numa festa de aniversário, em que um companheiro com sua família comemorava, uma dessas pessoas tomadas pelo ódio, pela loucura, pelo fanatismo e pelo sectarismo invadiu o salão e matou esse cidadão. Eu acho que a sociedade brasileira começa a perceber o que está em jogo", lamentou Lula, claramente emocionado.

Na sequência ele comentou sobre a postura de Bolsonaro diante do caso e relacionou a mesma com a indiferença do presidente com as vítimas da Covid-19. "Uma dessas pessoas, Hoje eu vi que o presidente está preocupado. Se o Bolsonaro quiser visitar as pessoas pelas quais ele é responsável pela morte, ele vai ter que ter muita viagem porque ele não chorou uma lágrima pelas 700 mil vítimas do Covid. Ele nunca se preocupou em visitar uma criança órfã, ele nunca se preocupou em visitar uma viúva que perdeu o seu marido. Ele nunca se preocupou em visitar ninguém e foram milhares, declarou Lula.

"[Bolsonaro] uma pessoa com um comportamento desumano, uma pessoa do mal, não pensa o bem sobre ninguém a não ser sobre si próprio. Não tem compaixão sobre as pessoas que estão pegando osso para comer, pelos milhões de desempregados desse país, por quase 2 milhões de jovens que saíram da escola e voltaram atrasados", afirmou.

Lula fez questão ainda de criticar aqueles que atribuem o atentado à "polarização". "Não tem nenhuma história de violência em todas as campanhas que eu participei. Mesmo quando eu perdi do Collor depois da montagem do debate pela Globo, não teve encrenca. Eu voltei para casa toda vez que era derrotado e me preparava para outras disputas. Em nunca, em nenhum momento, eu falei de violência em campanha", afirmou.

"Estão tentando fazer da campanha uma guerra. Estão tentando colocar medo na sociedade brasileira. Estão querendo dizer que tem uma polarização criminosa. O PT polariza desde 1994  e não tem sinal de violência", completou Lula.

Assista ao discurso de Lula: