ASSASSINATO POLÍTICO

Zeca Dirceu acusa: "Bolsonarismo mata! O ódio, a violência incentivado por Bolsonaro mata!"

Deputado do PT do Paraná, um dos primeiros a saber do crime, apontou o protagonista da degradação do ambiente político do país: o bolsonarismo

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O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), um dos primeiros a ser informado sobre o assassinato do líder petista Marcelo Arruda por um policial bolsonarista na madrugada deste domingo (10) reagiu com uma nota na qual acusa frontalmente o ambiente criado no país por Jair Bolsonaro: "Bolsonarismo mata! O ódio, a violência, o fanatismo incentivado por Bolsonaro mata!".

 "Meus sentimentos a toda a família e aos amigos de Marcelo neste momento de dor. Meus sentimentos pela tragédia que vivemos no Brasil!", escreveu Dirceu em seu perfil no Facebook.

Como foi o crime

 O guarda municipal Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10) em sua festa de 50 anos de idade após levar três tiros disparados pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, da Polícia Penal Federal (PPH).

Marcelo havia sido candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT em 2020, era diretor do Sindicato de Servidores Públicos do município e tesoureiro do PT em Foz. A festa acontecia na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), toda ela com temas vinculados ao PT e à candidatura Lula, com cantos e vivas ao ex-presidente. Veja abaixo o vídeo da festa antes do assassinato. 

O assassino interrompeu a festa cerca de 20 minutos antes do assassinato. Ele parou seu carro do lado de fora da Aresfi, onde acontecia a comemoração, aos gritos de “é Bolsonaro, seus filhos da puta”. Ele estava com sua esposa e filha no carro. Quando Marcelo Arruda saiu da festa para ver o que acontecia, o assassino apontou o revólver, enquanto a mulher gritava, “para com isso, vamos embora”. Ele deixou o local em seguida, prometendo voltar aos gritos: “Eu vou voltar e matar todos vocês, seus desgraçados”

Ato contínuo, Marcelo foi até seu carro e pegou seu revólver funcional, afirmando a uma pessoa da festa, "vai que esse maluco volta mesmo, eu não vou ficar desprevenido”. A festa prosseguiu por mais 20 minutos até que o bolsonarista assassino voltou e invadiu o local de arma em punho. Marcelo identificou-se como guarda municipal, mostrando seu distintivo e já com sua arma nas mãos, mas de nada adiantou. Guaranho disparou duas vezes.

O primeiro tiro foi na perna de Marcelo Arruda, que caiu. Como numa execução, o policial penal federal aproximou-se e deu outro tiro. O líder do PT recebeu o tiro nas costas, conseguiu virar-se e deu cinco tiros no bolsonarista. Segundo um amigo de Marcelo, “com sua reação, ele conseguiu evitar uma chacina, foi um herói”.

O líder do PT morreu pouco depois e o assassino na manhã deste domingo num hospital da cidade.