O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição, foi ás redes sociais para informar que ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de providências referente a recentes declarações do ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
O economista disse, em uma conversa de WhatsApp privada neste domingo (26), que manteve contatos com Jair Bolsonaro (PL) que poderiam incriminar o chefe do Executivo. Castello Branco, no entanto, não deu detalhes sobre isso.
“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo [Bolsonaro]. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, afirmou Castello Branco.
Randolfe reagiu: “Atenção! Acabo de acionar o STF para que o celular do ex-presidente da Petrobras seja imediatamente apreendido e periciado, para que venha a público o teor de todos os eventuais crimes de Bolsonaro”, postou Randolfe.
A petição no STF também pede abertura de inquérito para investigar as possíveis provas de uma interferência de Bolsonaro na Petrobras.
“O que se vê é que a tentativa imperiosa do senhor presidente da República de interferir na Petrobras em detrimento da boa tutela do interesse e do patrimônio públicos, com nítido propósito meramente eleitoral e desvirtuado da dinâmica constitucional, é evidente”, diz um trecho da petição apresentada pelo líder da oposição.
Senadores cobram ministro sobre mensagens de Castello Branco
Um grupo de senadores ingressou, nesta segunda-feira (27), com requerimento de informação endereçado ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Eles cobram explicações do ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, sobre declarações de Castello Branco.
O requerimento, assinado pelos senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Jaques Wagner (PT-BA) e senadora Zenaide Maia (PROS-RN), pede que sejam “prestadas, pelo senhor ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, informações sobre registros de mensagens trocadas em celulares corporativos e registros audiovisuais de reuniões do Conselho Administrativo da Petrobras”.
O documento foi apresentado no plenário do Senado e precisa ser apreciado pela mesa diretora da Casa e por Pacheco.