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Milton Ribeiro: desembargador manda soltar ex-ministro e outros quatro presos

Ney Bello contrariou decisão do desembargador plantonista que havia indeferido mais cedo o habeas corpus

Milton Ribeiro.Créditos: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, deferiu liminar nesta quinta-feira (23), mandando soltar o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e os outros quatro presos na operação da Polícia Federal de quarta-feira (22), que apura irregularidades na liberação de verbas da pasta. 

Os presos que serão liberados além do ministro são: Arilton Moura, Helder Diego da Silva Bartolomeu e Luciano de Freitas Musse.

Ney Bello é considerado o favorito entre os quatro candidatos à vaga no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Quem escolhe o candidato agora é o presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Contrariou colega

Com a decisão desta manhã, o juiz contraria outra do desembargador plantonista Morais da Rocha, que havia rejeitado o mesmo pedido, alegando que a defesa não tinha apresentado os documentos que evidenciavam constrangimento ilegal na prisão.

O desembargador argumentou que Milton Ribeiro não integra mais o governo e que os fatos investigados não são atuais, portanto, não se justifica a prisão.

"Por derradeiro, verifico que além de ora paciente não integrar mais os quadros da Administração Pública Federal, há ausência de contemporaneidade entre os fatos investigados – 'liberação de verbas oficiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e do Ministério da Educação direcionadas ao atendimento de interesses privados' – supostamente cometidos no começo deste ano, razão pela qual entendo ser despicienda a prisão cautelar combatida", diz.

Segundo Ney Bello, "deve prevalecer a regra geral relativa à privação da liberdade pessoal com finalidade processual, segundo a qual o alcance do resultado se dá com o menor dano possível aos direitos individuais, sobretudo quando há expressa referência a inúmeras outras medidas de natureza cautelar, que podem ser decretadas pelo juízo da causa e em proveito das investigações".

Com informações do G1