O vereador Gabriel Monteiro (PL-RJ) depôs no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (23), e fez uma declaração pouco convincente. Ele afirmou que tem o hábito de se gravar em vídeos mantendo relações sexuais com um objetivo específico.
“Ele disse que gravava as relações íntimas e consensuais para se precaver de possíveis denúncias de estupro. É bastante singular. E não vê problemas éticos nessas filmagens com essa alegação de autoproteção”, afirmou o vereador Chico Alencar (PSOL-RJ), relator do processo.
Até o momento, o Conselho ouviu 12 testemunhas, para definir sobre a cassação do mandato de Monteiro, sendo oito de defesa e quatro de acusação. “Eu poderia destacar várias contradições nos depoimentos todos, especificamente hoje na fala do vereador. Ele diz que os assessores não trabalham, basicamente, na sua empresa, mas afirmou que os pagava por fora”, relata Alencar.
Polícia e MP desmentem Monteiro sobre ciência da idade de menina com quem manteve relações sexuais
Uma das acusações que pesam sobre Monteiro é que ele manteve relações sexuais com uma menor de idade, uma menina de 15 anos. “Ele nega qualquer ciência da idade da menina, mas é bom lembrar que a polícia e o Ministério Público vão na direção contrária. Dizem ter elementos para provar que ele sabia da idade dela. Tanto que ele já está indiciado”, diz Alencar.
O presidente do Conselho de Ética, Alexandre Isquierdo (União Brasil) afirma que “o vereador se defendeu de forma muito específica em seu depoimento. Ele disse que no vídeo de sexo, a menor omitiu a idade. Ele se emocionou falando da situação, disse que durante todo o relacionamento, se sentiu enganado”.
A expectativa é no sentido de que até 10 de agosto os vereadores decidam se o mandato de Monteiro será ou não cassado.