CIDADÃO DE BEM

Bolsonarista que atacou ato de Lula com drone já foi condenado por roubo e estelionato

Agropecuarista, suspeito de organizar ataque com líquido que seria veneno em evento com o ex-presidente, tem ficha criminal desde 2005. Ele responderá ainda pelo episódio ocorrido em Uberlândia (MG)

Créditos: Twitter/Reprodução
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Rodrigo Luiz Pereira, agropecuarista bolsonarista de 38 anos que foi detido pela Polícia Militar em Uberlândia (MG), no último dia 15, suspeito de comandar um ataque contra um ato político do ex-presidente Lula (PT) na cidade, no qual um drone despejou uma substância líquida ainda não identificada sobre o público, tem condenações na Justiça pelos crimes de roubo e estelionato, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Em 2005, Rodrigo Luiz teria sido condenado pela Justiça de Goiás por ter cometido um roubo. Naquela ocasião, ele foi beneficiado pelo chamado “regime semiaberto harmonizado”, que permite ao apenado ir para casa à noite, em vez de dormir no presídio.

Já em 2020, o Judiciário mineiro o condenou por um crime de estelionato ocorrido em 2015, quando Rodrigo Luiz e outras cinco pessoas foram acusados de terem feito uma falsa denunciação de crime em relação a um suposto desvio de carga transportada por um caminhão. Ele também teria usado tornozeleira eletrônica durante um período de meses nesse mesmo ano.

Ataque com drone

No dia dos fatos, participantes do evento político que contou também com a presença do pré-candidato ao governo mineiro Alexandre Kalil (PSD) seguiram o aparelho e chegaram até os controladores do drone. A PM, então, deteve três homens e Rodrigo Luiz passou a ser apontado como o coordenador do ataque. O público do ato afirmou que, pelo cheiro do líquido jogado do alto, supunha ser fezes e urina, mas na delegacia os envolvidos afirmaram ser um veneno utilizado na pecuária para combater insetos, o Target.

Como o crime envolveu um drone e por consequência o uso do espaço aéreo brasileiro sem autorização, o Ministério Público Federal (MPF) foi quem ficou encarregado de dar sequência nas investigações e poderá pedir auxílio à Polícia Federal (PF) e à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), responsável por regulamentar o uso desses aparelhos no país.