O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, reforçou na última sexta-feira (17) o convite feito às Forças Armadas sobre a participação dos militares na Comissão de Transparência das Eleições. A mensagem, revelada neste domingo (19), foi uma resposta a um pedido do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, para uma reunião entre técnicos do tribunal e das FA.
“Certo de contar com a presença do general Heber Garcia Portela, renovo o reconhecimento deste Tribunal não apenas pela contribuição das Forças Armadas no âmbito da Comissão, mas sobretudo pelo valioso suporte operacional e logístico prestado por elas em todas as últimas eleições”, diz trecho da nota divulgada pelo TSE.
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O encontro será na segunda-feira (20), de forma virtual.
A mensagem vem na mesma semana em o TSE decidiu aceitar 10 das 15 recomendações feitas pelas Forças Armadas ao CTE para as eleições. Outras quatro serão discutidas para ter a implementação nas próximas eleições. Apenas uma foi completamente descartada.
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Na sexta-feira anterior à divulgação da aceitação das sugestões, o governo voltou a tentar jogar os militares contra o TSE, alegando que as Forças Armadas estariam se sentindo "desprestigiadas" no processo eleitoral. Diante do resultado, fica difícil falar em desprestígio.
Essa abertura do TSE teria irritado o presidente Jair Bolsonaro, segundo a colunista Bela Megale, de O Globo. O mandatário teria entrado em um "momento raivoso" com a aproximação dos militares com o tribunal. A diminuição das tensões não é boa para os planos golpistas do presidente.