O fundador do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, afirmou em entrevista ao Fórum Café nesta sexta-feira (10) que “pesquisas qualitativas indicam que a abstenção vai cair e muito nesta eleição”. Segundo o sociólogo, “as pessoas estão sentindo que a eleição é importante e o peso do voto delas”.
A questão, explicou Coimbra, insere-se no espírito geral do principal movimento político-eleitoral, a frente ampla que une esquerda, centro-esquerda, centro e centro-direita para derrotar Bolsonaro e encontra sua expressão na chapa Lula-Alckmin e nas articulações para as chapas Freixo-César Maia e Haddad-Marina Silva. “O espírito da frente ampla prevaleceu porque o país tem urgência de resolver os problemas gravíssimos que estão aí à vista de todos e remover logo o causador de todos eles, o presidente incompetente e de extrema direita.”
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Coimbra explicou a evolução da abstenção no país: “A eleição com menor abstenção foi a de 1989, a primeira eleição direta desde 1960, a última antes do golpe de 1964. Em 1989 a abstenção foi de 11,93%. Depois vieram as duas eleições de FHC, com os maiores índices de abstenção, acima de 20%, as pessoas desinteressaram-se foram eleições ‘técnicas’. As eleições vencidas pelo PT, que restauraram o império da política, tiveram abstenção bem abaixo disso e ela voltou a ficar acima de 20% em 2018, quando as pessoas perceberam que havia algo estranho naquele processo”.
Veja o índice de abstenção em cada eleição, segundo o TSE:
- 1989 - 11,9% (Collor)
- 1994 - 29,3% (FHC)
- 1998 - 21,5 (FHC)
- 2002 - 17,7% (Lula)
- 2006 - 16,8% (Lula)
- 2010 - 18,1% (Dilma)
- 2014 - 19, 4% (Dilma)
- 2018 - 20,3% (Bolsonaro)
Assista ao Fórum Café de sexta-feira com Marcos Coimbra: