Rodrigo Amorim (PTB), deputado estadual do Rio de Janeiro aliado de Jair Bolsonaro, apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa fluminense para revogar uma lei aprovada em 2021 que garante o direito à liberdade de cátedra para professores do Estado. A medida que assiste os docentes, de autoria do deputado Carlos Minc (PSB), veio como uma reação às propostas que se espalharam pelo Brasil para cercear a atuação dos professores em sala de aula, chamada pela extrema direita pelo eufemismo de “escola sem partido”.
Conhecido por ter quebrado a placa da vereadora assassinada Marielle Franco, que foi fuzilada por milicianos em março de 2018, ele estava em cima de um caminhão quando cometeu o desumano ato, ao lado do então candidato Daniel Silveira, que se elegeu deputado federal e foi condenado recentemente pelo STF por ameaçar ministros da corte, recebendo depois um questionável indulto do presidente Jair Bolsonaro.
O projeto de lei de Amorim está em sincronia com os argumentos de radicais conservadores que afirmam que professores “fazem proselitismo político” nas aulas. Para os defensores da ideia, até passagens históricas claras, como o Golpe Militar de 1964 e a Ditadura Militar (1964-1985), devem ser relativizados e “ensinadas” por um viés reacionário, negando o caráter ilegal e arbitrário das ações de seus perpetradores.