O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou nesta segunda-feira (23), após João Doria (PSDB) anunciar sua desistência da candidatura à presidência, que seu partido deve, de fato, oficializar apoio à senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB. Araújo, costurando uma aliança com os emedebistas e o Cidadania, fez pressão para que Doria abrisse mão da disputa.
“Nós temos o entendimento com o diálogo com o Cidadania [e com o MDB], vamos dar um passo a frente. A construção agora não é só definir o nome. E o nome de Simone é o nome posto nessa construção. Agora precisamos construir um projeto de compromisso de programa com o Brasil”, disse o cacique tucano.
“Eu gostaria que nós tivéssemos uma candidatura própria, mas há algo maior. Uma vontade coletiva. O Brasil não precisa de mais uma divisão interna”, prosseguiu.
Simone Tebet, por sua vez, divulgou nota após o anúncio de desistência de Doria, afirmando que o ex-governador é "aliado". "Doria nunca foi adversário. Sempre foi aliado. Sua contribuição com a luta pela vacina jamais será esquecida. Vamos conversar e receber suas sugestões para nosso programa de governo", escreveu a senadora, que registra, atualmente, 2% nas pesquisas de intenção de voto.
Desistência de Doria
O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou em pronunciamento na tarde desta segunda-feira (23) que desistiu da candidatura à presidência.
Com 2% nas pesquisas de intenção de voto, o tucano vinha sendo pressionado pelo seu partido a abrir mão da disputa em nome da construção de um outro nome da chamada "terceira via", que deve ser o da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
"Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito essa realidade com a cabeça erguida, sou um homem que respeita o bom senso, dialogo e equilíbrio, e sempre seguirei buscando o consenso mesmo que seja contra minha vontade pessoal", declarou.
Apático, Doria chegou a chorar durante seu discurso de desistência. "Me retiro da disputa com o coração ferido mas a alma leve", disse ainda.