Em entrevista ao quadro Café com Política da Rádio Super 91,7 FM nesta quarta-feira (18) o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), manteve a posição pela retirada da candidatura do ex-governador João Doria (PSDB) à presidência da República.
"A minha posição é a mesma de mais de um ano atrás e aí não entra uma questão pessoal. Eu simplesmente "não via no candidato João Doria as condições mínimas" de conduzir, de liderar essa terceira via, principalmente pela altíssima rejeição que tem".
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O ex-governador de Minas Gerais que nunca escondeu sua predileção por Eduardo Leite (PSDB), disse que sempre soube que a candidatura de Doria não decolaria, e afirmou ainda que foi um erro do partido em ter apostado na viabilidade do atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia.
"A direção do nosso partido resolveu a meu ver, eu tenho dito isso de forma pública, priorizar quase que exclusivamente a candidatura do vice-governador, hoje governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. A partir daí "precisava tirar o bode da sala". Precisava-se retirar o então governador João Doria, que sempre teve altíssimos níveis de rejeição, do governo, para que ele não contaminasse a candidatura do seu vice-governador", contou.
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Aécio ainda prosseguiu dizendo que a candidatura do apadrinhado Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, foi "impedida de prosseguir pelas lideranças do próprio PSDB". "Hoje as lideranças estão com este desafio de retirar a candidatura do Doria", ironizou.
Por fim, o parlamentar revelou ainda que em reunião para discutir o futuro de Doria no pleito deste ano, os aliados do ex-governador teriam manifestado interesse na mudança de candidato. "Mais curioso que isso possa ser, os aliados de Doria, aqueles que nos derrotaram nas prévias é que querem retirar a candidatura de Doria, para atender mais uma vez, o atual governador de São Paulo", disse. E continuou: "Fiz uma proposta que foi aprovada a principio, de que isso devia ser feito frente a frente com o candidato" Vamos dizer a ele aquilo que estão dizendo aqui", disparou.
Mudou de ideia?
Após pesquisa eleitoral colocar o nome do ex-governador mineiro à frente na corrida para o Senado com mais de 20% das intenções de voto, segundo Aécio, despertou a atenção da sigla.
Com isso, o parlamentar não descarta tentar o retorno à cadeira. “Eu recebi uma pesquisa essa semana que me coloca à frente. Já estive no Senado, foi lá que construí uma candidatura mineira à presidência, quase venci as eleições e lamento muito isso, caso contrário não estaríamos nessa situação”, contou. Porém, Aécio disse que ainda está focado na candidatura para a Câmara dos Deputados, onde preside a comissão de Relações Exteriores.
“Hoje estou na Câmara, fiz um trabalho profundo na comissão e pretendo continuar lá. Mas essa pesquisa eu recebo como um reconhecimento e vou continuar avaliando o cenário. Minas é muito incerta, inclusive essa polarização [entre Zema e Kalil] me parece artificial, porque não surgiram outras candidaturas consistentes", ponderou .