A despeito dos arroubos golpistas do presidente Jair Bolsonaro (PL), 68% dos seus eleitores responderam à pesquisa Genial/Quaest, feita entre 5 e 8 de maio, que ele deve respeitar o resultado das eleições e, caso venha a perder, deve "aceitar a derrota”.
Apenas 27% afirmaram que ele deveria rejeitar o resultado.
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Já entre eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o percentual sobe para 92%. E 93% dos que não querem ver "nem Bolsonaro, nem Lula" eleitos querem que o atual presidente aceite eventual fracasso nas urnas.
No conjunto do eleitorado, 85% acreditam que ele deve "aceitar a derrota".
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Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, o percentual chega a 91%. Já entre os que têm mais de 60 anos, ele cai para 78%.
"Povo armado"
Ao contrário disto, Bolsonaro afirmou durante discurso em Maringá (PR), nesta quarta-feira (11), que “todos sabem o que está em jogo, que seu governo não aceita provocações e que nós não temos eleições com resultados limpos”.
“Nós sabemos o que está em jogo. Todos sabem o que o governo federal defende: defende a paz, a democracia e a liberdade. Um governo que não aceita provocações, um governo que sabe da sua responsabilidade para com o seu povo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas. Nós não tememos resultados de eleições limpos. Nós queremos eleições transparentes, com a grande maioria, ou diria a totalidade do seu povo”, discursou.
No mesmo discurso, um pouco mais adiante, ele instigou os “cidadãos de bem” a estarem cada vez mais armados para que “resistam a um ditador de plantão”.
“Somente os ditadores temem o povo armado. Eu quero que todo cidadão de bem possua sua arma de fogo para resistir, se for o caso, à tentação de um ditador de plantão”, disse.
Com informações da coluna de Mônica Bergamo