O ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD), foi às redes sociais para rebater a informação de que teria dado um "bolo" em Lula ao não participar do evento da pré-candidatura do deputado federal Reginaldo Lopes (PT) ao Senado, nesta segunda-feira (9) no Expominas em Belo Horizonte. A informação de que Kalil teria dado "bolo" em Lula foi publicada pelo jornal O Globo na noite de segunda-feira.
"Aqui em Minas Gerais ninguém dá bolo em amigo. Normalmente, é café quente e pão de queijo", escreveu na manhã desta terça-feira (10).
Kalil disse nesta segunda-feira (9) ao quadro Café com Política da rádio Super FM, que não participaria da agenda do ex-presidente Lula (PT) por não se "sentir à vontade".
"É um evento do PT. Eu sou do PSD. Eu fui convidado, mas eu não vou, porque não me sinto à vontade. Aliás eu fui convidado para vários eventos. Não foi só esse do PT, não. Mas eu estou num período que eu quero viajar, quero levar minha proposta, quero levar o que eu fiz para Belo Horizonte e para o povo de Minas Gerais", disse.
Kalil já esteve com Lula em outras ocasiões, inclusive em São Paulo, para discutir uma aliança com o petista. Nessa época o ex-prefeito em entrevista à Carta Capital, fez elogios ao ex-presidente Lula e não rechaçou a possibilidade de dividirem o palanque ainda no primeiro turno. “Lula não precisa do Kalil, mas pode ser que o Kalil precise de Lula”, disse.
O principal impasse que ainda permanece em nível estadual é a vaga no Senado na chapa do ex-prefeito de Belo Horizonte.
O PSD resiste em retirar a candidatura de Alexandre Silveira (PSD). O PT, por sua vez, também não abre mão do pré-candidato o deputado federal Reginaldo Lopes (PT).
Lula é o maior cabo eleitoral de MG
A última pesquisa encomendada pela Rádio Itatiaia, realizada pelo Instituto Ver em abril, mostra que Lula (PT) é o principal cabo eleitoral na disputa ao governo de Minas Gerais. Com o apoio de Lula, o ex-prefeito de Belo Horizonte poderia virar sobre o atual governador, Romeu Zema (Novo), e passa a liderar a disputa com o apoio do petista.
Kalil passaria de 22% para 33%. Zema, que tem cerca de 44% cairia para 32% com o apoio do pré-candidato do partido Novo à Presidência da República, Felipe D'Ávila. O senador Carlos Viana (PL) tem 5% e passaria a 13% quando identificado como candidato de Jair Bolsonaro (PL).