O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) já recebeu o aval da Justiça Eleitoral para mudar seu domicílio eleitoral para o estado de São Paulo. No pedido, feito na semana passada, o ex-juiz considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou como comprovante de residência um flat na zona sul da capital paulista.
Paranaense de Maringá, ele mora em Curitiba, onde foi juiz federal até 2018.
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A esposa dele, Rosângela, a “conja” também trocou o domicílio eleitoral e pode se lançar candidata pela União Brasil, partido ao qual os dois se filiaram.
A defesa de Moro afirmou que ele estabeleceu vínculos políticos com São Paulo desde o ano passado, quando começou sua articulação para a eleição de 2022.
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"Filiando-se ao Podemos em novembro de 2021, Moro estabelece São Paulo como sua base política. Passa a residir na capital paulista, no Hotel Intercontinental, cumprindo agendas semanais em São Paulo e, valendo-se da cidade como seu hub. Chegadas e partidas, das viagens nacionais e internacionais, sempre da capital”, disse a defesa.
Hub é uma expressão usada na aviação para designar um aeroporto ou local estratégico que se sobressai como origem ou destino de grande número de voos ou de rotas.
Não é ilegal, mas é imoral
O jurista Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, afirmou à Fórum que a transferência de domicílio eleitoral do ex-juiz “pode não ser ilegal, mas é absolutamente imoral”. “Moro está cometendo mais um delito: uma espécie de estelionato eleitoral”, define.
“O que o Moro pretende ao se candidatar por São Paulo é tentar uma eleição mais tranquila, porque tem uma base conservadora afinada com os interesses do lavajatismo, que poderia alçá-lo à condição de deputado federal. O estado de São Paulo, pela quantidade de eleitores, pode eleger um número grande de parlamentares com diferenciadas matizes ideológicas”, destaca Marco Aurélio.
Com informações da Folha