Apesar do sucesso da iniciativa, com o objetivo de coibir a violência policial, o uso de câmeras nas fardas de policiais militares, no estado de São Paulo, pode estar com os dias contados. O pré-candidato ao governo de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio Freitas (Republicanos), caso vença a eleição, quer acabar com a medida.
“Tarcísio pretende acabar com a obrigatoriedade de câmeras no fardamento policial por considerar que a forma mais efetiva de combate ao crime é garantir treinamento contínuo e capacitação de qualidade para a tropa, de forma a assegurar a capacidade de agir de acordo com as circunstâncias enfrentadas nas ruas de São Paulo”, diz nota da assessoria do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), ao Painel, na Folha de S.Paulo.
Hoje, há 5.600 câmeras em operação no estado de São Paulo e a ideia é que sejam 10 mil em 2022. O equipamento é preso na farda e registra ações dos policiais em vídeo e áudio.
Um dado significativo é que a utilização das câmeras reduziu em 36% o número de pessoas mortas em supostos confrontos com a polícia no estado, em 2021.
Pré-candidato ao governo paulista diz que equipamento limita ação policial
A alegação do bolsonarista é que o equipamento limita a ação dos policiais e pode até ser uma ameaça para eles.
“Você passa por determinadas situações em que você não tem tempo de pegar num telefone e ligar para alguém para saber o que tem que fazer. Você tem que tomar a decisão. A câmera ali é uma razão pela qual o policial não toma a decisão. Se ele não toma a decisão, ele pode pagar com a vida, e se ele toma a decisão, ele depois vai ser afastado da rua, responder processo”, afirmou, em entrevista ao site Money Report.