O ex-presidente Lula (PT) prometeu acabar com os inúmeros clubes de tiro, criados sob estímulo do governo de Jair Bolsonaro (PL). “Os clubes de tiro vão fechar. Nós queremos clubes de leitura. Vamos espalhar bibliotecas pelo país. Vamos trocar armas por livros”, declarou, durante conferência eleitora do PSOL, na noite deste sábado (30).
O evento formalizou o que já havia sido definido pelo Diretório Nacional do PSOL, que aprovou o apoio à pré-candidatura de Lula para a presidência da República. O partido também definiu seu programa político que será defendido nas eleições.
Lula ressaltou a importância de receber o apoio do PSOL nas eleições deste ano: “Minha relação com o PSOL é de confiança e agradecimento. O PSOL teve um papel extraordinário no impeachment da Dilma e durante minha prisão. Foi muita solidariedade”, destacou.
O ex-presidente disse, ainda, que agradece não só pelo apoio, mas porque o PSOL teve a coragem de criar um partido político.
Ele também ressaltou a importância de se negociar na política, característica que passou a usar ao longo de sua trajetória. “Antes, eu era 100% ou nada. Agora, aprendi a lição. Mas, quando começamos a negociar temos de entender que há um limite até onde podemos ir”.
O ex-presidente relembrou a perseguição que sofreu por parte da mídia tradicional, durante o período que antecedeu sua prisão. “Foram 13 horas em nove meses do Jornal Nacional me chamando de ladrão. A imprensa foi manipulada, principalmente pelo Moro. Mas ele vai pagar aqui na Terra”, apontou.
Ex-presidente disse que, além do ministério, vai criar um Comitê de Cultura
Lula mencionou as inúmeras conquistas dos seus governos, principalmente no aspecto da inclusão social e revelou que, além do ministério, vai criar um Comitê de Cultura, que vai ter um peso grande em seu eventual futuro mandato.
O petista voltou a criticar Bolsonaro. “Ele diz que é cristão, mas é um fariseu e um pecador da pior espécie". Anunciou, também, que vai acabar com "essa excrescência que é o orçamento secreto”. Além disso, o ex-presidente falou que pretende, caso seja eleito, criar uma moeda para a América Latina. “Não podemos mais depender do dólar”.