FARRA MILITAR

TCU abre investigação para apurar compra de próteses penianas pelo Exército

Denúncia feita pelo deputado federal Elias Vaz e o senador Jorge Kajuru revelou que o Exército comprou 60 próteses penianas

TCU abre investigação para apurar compra de próteses penianas pelo Exército.
Escrito en POLÍTICA el

O Tribunal de Contar (TCU) abriu investigação para apurar a compra de 60 próteses penianas infláveis por unidades do Exército. O caso está sendo analisado pelo ministro Vital do Rêgo, relator que foi escolhido mediante sorteio. 

O caso foi levado ao TCU pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO). Por meio de uma nota, o Exército negou que tenha comprado 60 próteses no ano passado. Segundo a instituição, apenas três foram compradas. 

Farra da “virilidade”: Exército comprou 60 próteses penianas

Depois da picanha, do Viagra e de remédios para calvície para as Forças Armadas, o deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) vão solicitar apuração sobre por que o Exército comprou 60 próteses penianas infláveis no valor de R$ 3,5 milhões.

O pedido vai ser feito ao Tribunal e Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF).

Segundo o Portal da Transparência e o Painel de Preços do governo federal, foram realizados três pregões eletrônicos em 2021 para a aquisição dos produtos, cujo comprimento varia entre 10 e 25 centímetros. O produto é indicado para casos de disfunção erétil.

O primeiro pregão se relacionou à compra de dez próteses, autorizada em 2 de março de 2021, no valor de R$ 50.149.72 cada, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. O fornecedor foi a empresa Boston Scientific do Brasil LTDA.

O segundo, em 21 de maio de 2021, estabeleceu a aquisição de 20 próteses, ao custo de R$ 57.647,65 cada, para o Hospital Militar de Área de Campo Grande (MS). A empresa fornecedora foi a Quality Comercial de Produtos Médicos Hospitalares LTDA.

O terceiro determinou, no dia 8 de outubro de 2021, a compra de 30 próteses, cada uma no valor de R$ 60.716,57, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. A empresa Lotus Medical Distribuidora e Comércio de Produtos Médicos Eireli forneceu as unidades, de acordo com a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

O deputado Elias Vaz cobra, ainda, esclarecimentos sobre a compra de 35 mil unidades de Viagra pelas Forças Armadas, medicamento que costuma ser usado para tratar disfunção erétil, além da aquisição de Minoxidil e Finasterida, remédios utilizados para combater a calvície.

"Com Bolsonaro, militares têm poder desproporcional"

Em entrevista à Fórum, o deputado Elias Vaz comentou sobre a denúncia e criticou a atuação relação do Exército com o governo Bolsonaro. 


 

Temas