FRAUDE

“Moro é o chorume da vida social brasileira”, diz Pedro Serrano

O jurista destacou, em entrevista ao “Fórum Onze e Meia”, que tanto Sergio Moro quanto Bolsonaro representam o fim da Constituição de 1988

"Moro quer destruir a Constituição", afirmou o jurista.Créditos: Agência Brasil/Arquivo
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O jurista e professor de Direito Constitucional, Pedro Serrano, fez duras críticas ao ex-juiz Sergio Moro (União Brasil). Os comentários do advogado, em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta segunda (11), tiveram como ponto de partida a Brazil Conference, evento promovido pela comunidade acadêmica brasileira em Boston, nos Estados Unidos.

Na oportunidade, o advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho, integrante do Grupo Prerrogativas, sabatinou Moro e arrancou aplausos da plateia ao acusar o ex-juiz, por meio de argumentos precisos, de falsidade ideológica.

“Só mostrou, mais uma vez, que o processo contra Lula (PT) foi intensamente fraudulento. Moro não atuou como juiz e, sim, como ativista político, o que é muito desleal do ponto de vista da magistratura. Essa prática é o maior ilícito que um advogado pode cometer”, declarou Serrano.

O jurista afirmou, ainda, que “Moro é o chorume da vida social brasileira, representa o pior da sociedade. Ele quer destruir a Constituição de 1988. Moro e Bolsonaro representam o fim da Constituição. Por isso, nesta eleição, há uma clara disputa entre a civilização e a barbárie, um pacto mínimo de humanidade contra a não democracia. E quem pode representar a civilização é Lula”.

Serrano também destacou que o “personagem” Moro, criado na época em que ele comandava a Lava Jato, é uma fraude, além de criticar o ex-procurador Deltan Dallagnol. “Moro tem muitas limitações. Os textos dele são ruins. A teoria jurídica dele e do Dallagnol é fraudulenta. Os dois são militantes do fascismo”, apontou.

“Embora tenha adotado um discurso mais moderado, Le Pen é de extrema direita e xenófoba”, disse o jurista

Serrano também abordou o resultado da eleição presidencial na França, realizada neste domingo (10), que apontou disputa no segundo turno entre o atual presidente, Emmanuel Macron, do Partido República em Marcha, e a líder da extrema direita, Marine Le Pen.

“Há um fenômeno na França que é o crescimento da extrema direita. Inclusive, criaram outro candidato de extrema direita, só para dar a impressão de que a Le Pen não é tanto. Embora tenha adotado um discurso mais moderado nos últimos anos, ela é de extrema direita e xenófoba”, avaliou o jurista.

“Um aspecto que acredito ser interessante para analisar é que se o líder da esquerda, Jean-Luc Mélenchon, tivesse os votos do PS e do PC ele teria ido para o segundo turno. Isso mostra que a esquerda também cresceu na França, além da extrema direita. O centro é que enfraqueceu", analisou Serrano.

Assista à íntegra da entrevista: