Regina Sousa (PT) se transformou, nesta quinta-feira (31), na primeira mulher a assumir, efetivamente, o cargo de governadora do Piauí. Ela substitui Wellington Dias (PT), que renunciou ao cargo, após dois mandatos consecutivos, para concorrer ao Senado nas eleições de 2022.
No discurso de despedida, Dias agradeceu ao povo do Piauí e, principalmente, aos servidores estaduais, lideranças e políticos que fizeram parte de sua gestão, incluindo a oposição. “Não compartilham do nosso projeto, mas contribuem para o bom trabalho e crescimento. Estarei à disposição para os novos desafios”, disse, segundo reportagem do G1.
Ele pediu o apoio dos piauienses, de todos os poderes e dos setores público e privado a Regina Sousa.
A governadora ressaltou que o foco de sua gestão, que ela definiu como de “continuidade, e não um novo governo”, será de combate à pobreza.
“Nem nos meus sonhos mais dourados sonhei estar aqui, como governadora. Escolhida pelo voto sim, fui eleita sim. E aos que questionam, não há eleição para vice, minha foto estava ao lado da de Wellington nas eleições. Estou aqui, mulher negra, governadora sim, colocando um tijolinho no empoderamento das mulheres”, enfatizou.
Regina acrescentou que não terá “tutela” do ex-governador. “Isso é um pensamento machista de que mulheres precisam ser guiadas por homens em cargos públicos. Não hesitarei em pedir opiniões, afinal não é todo mundo que tem um amigo com experiência de quatro mandatos como governador. E esse não é um novo governo, é a finalização de uma gestão, o plano de governo está lá e espero para concluí-lo”, disse.
Governadora já assinou a entrega de títulos de terras a mulheres quebradeiras de coco
A primeira ação de Regina como governadora foi assinar a entrega de títulos de terras a mulheres quebradeiras de coco. Esta foi uma das primeiras atividades exercidas por ela na adolescência.
Aos 71 anos, Maria Regina Sousa é formada em Letras, com habilitação em língua portuguesa e francesa, pela Universidade Federal do Piauí. Também exerceu a carreira bancária.