O governador de São Paulo, João Doria, não vai mais disputar a presidência da República. A sua decisão foi revelada para Rodrigo Garcia, o seu vice e que vai disputar o Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta quarta-feira (30). A decisão do político causou surpresa e abriu uma crise no PSDB.
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Segundo informações da Folha de S. Paulo o vice-governador acusou Doria de traição. Em sua defesa, João Doria afirmou que vai manter a sua promessa de não disputar a eleição e que vai apoiar o vice para a disputa do governo do estado de São Paulo, conforme combinado desde 2018.
Porém, Rodrigo Garcia contava com a renúncia de Doria para disputar a eleição com a cadeira de governador.
O cenário com Doria no governo e Rodrigo Garcia candidato beneficia Fernando Haddad (PT), que hoje lidera as intenções de votos para o governo de São Paulo, pois, o vice-governador não terá a estrutura do Estado e pode ser contaminado pela rejeição de João Doria, o que torna as suas chances de ir ao segundo turno ainda mais difíceis.
Aliados do governador acreditam que ele ainda pode mudar de ideia e há uma expectativa para um pronunciamento do governador no final da tarde desta quinta-feira (31).
Integrantes do PSDB acreditam que a decisão de João Doria é uma reação às movimentações da ala liderada pelo deputado Aécio Neves (MG), que busca fazer de Eduardo Leite (RS) o candidato do PSDB à presidência. Para alguns tucanos, o objetivo de Doria é "dar um xeque-mate no PSDB".
O Chefe da Casa Civil, Cauê Macris, e o deputado Carlos Sampaio tentam fazer com que Doria mude de ideia e mantenha a sua candidatura à presidência. Tucanos paulistas temem que a decisão de Doria "imploda" o projeto do partido em São Paulo.
O governador de São Paulo cancelou toda a sua agenda para esta quinta, manteve apenas a participação no 4º Seminário Municipalista que acontece hoje no Palácio dos Bandeirantes, às 16h, momento em que se acredita que Doria fará um pronunciamento sobre o seu futuro político.
Com informações da Folha de S. Paulo e CNN Brasil