ELEIÇÕES 2022

Requião: “Novo presidente da Petrobras é um picareta lobista contra interesses do Brasil”

Candidato ao governo do PR, Requião criticou Bolsonaro e sua política do petróleo: “É o animador de picadeiro deste circo que se transformou o país”

Adriano Pires, novo presidente da Petrobras.Créditos: Pedro França/Agência Senado
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Roberto Requião (PT), candidato ao governo do Paraná, fez críticas contundentes à escolha do novo presidente da Petrobras, Adriano Pires, que vai tentar privatizar a empresa. “É um picareta lobista contra interesses do Brasil. Um pilantraço”, declarou, em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta quarta-feira (30).

O ex-senador e ex-governador do Paraná também não poupou Joaquim Silva e Luna, comandante da Petrobras até terça (29), que afirmou que o petróleo pertence ao mercado, tentando justificar o fato de que hoje 63,6% da empresa pertencem a sócios privados. “Este general não vale um cabo ou sargento. Merecia a corte marcial”.

Requião fez uma convocação geral para que os brasileiros impeçam a privatização da estatal.

“O objetivo final do golpe contra Dilma Rousseff (PT) e da Lava Jato é vender o petróleo, tomar o controle da Petrobras, é transformar o país em uma colônia, uma fazenda com trabalhadores semiescravizados”, afirmou.

Requião analisou que países pobres podem se associar a empresas internacionais, que pagam impostos em contrapartida. “Mas o Brasil não precisa entregar ou compensar a entrega com tributos, pois tem um nível de tecnologia suficiente. Por isso, a luta do conjunto das forças progressistas tem que ser a guerra contra a entrega do petróleo”.

Indignado com o atual cenário nacional, como ele mesmo se define, Requião considerou o petróleo como “o sangue do desenvolvimento econômico brasileiro”.

Governador do Paraná em três oportunidades e duas vezes senador, ele também criticou Jair Bolsonaro (PL) e destacou a importância de vencê-lo nas urnas.

“Bolsonaro é o animador de picadeiro deste circo que se transformou o país. É importante varrer o Brasil dessa canalha, mas não basta derrotar Bolsonaro. É fundamental derrotar o liberalismo econômico”, apontou.

Requião ressaltou que somente o ex-presidente Lula (PT) pode conseguir viabilizar o projeto de transição para a democracia necessário para o país. “A luta não é só eleitoral, mas de sobrevivência do projeto nacional, de recuperação do Brasil”, acrescentou.

“O futuro de Moro e esposa é gerenciando uma loja de sanduíches nos Estados Unidos”, disse Requião

Questionado sobre o fato de Rosângela Moro (Podemos), esposa de Sergio Moro (Podemos), ter transferido seu domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo, com o objetivo de se lançar como candidata a deputada federal, o petista disse que está “muito pouco preocupado”.

“O futuro de Moro e esposa é gerenciando uma loja de sanduíches nos Estados Unidos”, disse, sem esquecer de “alfinetar” o presidenciável: “Um juiz medíocre. Devemos esquecer esse cara”.

Requião demonstrou otimismo quanto à eleição para governador no Paraná. “O Rato (Ratinho Júnior, do PSD, atual governador) é uma nulidade, um tolo despreparado. Eu não vou disputar com o atual governado, vou disputar com a ausência de governo no Paraná. Acho que ganho”, completou.

Assista à íntegra da entrevista: