Um amplo leque de mais de 500 militantes da esquerda política brasileira, de 22 estados da federação, se reuniu de 17 a 20 de março em Sarzedo, Região Metropolitana de Belo Horizonte, para fundar o Movimento Brasil Popular. Estiveram presentes na Assembleia Nacional Luis Gama homens e mulheres representando os mais diversos movimentos sociais e partidos, como da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Levante Popular da Juventude, Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), e do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), além de integrantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
Thays Carvalho, dirigente nacional do Movimento Brasil Popular, explicou que a fundação do grupo não é só um ato burocrático de formação de uma aliança progressista no país, mas sim um momento de reagrupar forças e traças estratégias diante do momento grave e desesperador atravessado pelos brasileiros.
“Nesse momento dramático de crise política, econômica, social, ambiental e de ascensão do fascismo o desafio é de revisitar a nossa elaboração estratégica e atualizá-la para que ela possa traduzir melhor esse desafio da construção da Revolução Brasileira”, considerou Thays.
O Movimento Brasil Popular divulgou ainda a Carta da Assembleia Nacional de Lutadores e Lutadoras do Povo –Luiz Gama, que estabelece as prioridades do campo para o ano de 2022, que passa obviamente, entre outras pautas, pela eleição de Lula para a Presidência da República, além daquilo que o grupo define como “a combinação das formas de luta institucional, ideológica, social e de massas para fortalecer a unidade entre as organizações do campo popular”.
A ênfase na luta antirracista é um dos elementos fundamentais a partir de agora com o Movimento Brasil Popular, segundo Thays Carvalho, assim como a causa feminista. “Além do compromisso com o feminismo, estamos também nos comprometendo com a luta pela igualdade étnico-racial. Afirmamos a luta pelo abolicionismo radical na constituição do Projeto Popular”, concluiu a liderança.
**Errata**
Diferentemente do que foi publicado na versão inicial da matéria, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) não participou da fundação do Movimento Brasil Popular.