O ministro da Justiça, Anderson Torres, concedeu a Medalha do Mérito Indigenista ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Torres também deu a medalha para si mesmo e para outros nove ministros do governo federal.
A medalha, de acordo com a portaria, publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União (DOU), é um "reconhecimento pelos serviços relevantes em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas".
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Cinismo
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro afirmou que não demarcaria "nenhum centímetro a mais" de terras indígenas.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) apresentou no ano passado uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, acusando o presidente de genocídio. Denúncia semelhante já havia sido apresentada pelo cacique caiapó Raoni Metuktire, também ao TPI.
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O presidente afirmou, em 2020, que "cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós".
A medalha
A Medalha do Mérito Indigenista foi criada em 1972 e pode ser entregue tanto a brasileiros como estrangeiros. A indicação dos homenageados é feita pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Também receberam a Medalha do Mérito Indigenista os ministros Walter Braga Netto (Defesa), Tereza Cristina (Agricultura), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), João Roma (Cidadania), Marcelo Queiroga (Saúde) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União).
Foram condecorados também o presidente da Funai, Marcelo Xavier, os diretores-gerais da Polícia Federal, Márcio Nunes, e da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, o diretor da Força Nacional, Antônio Aginaldo de Oliveira, e os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes e Jorge Oliveira.
Com informações do Globo