Dos onze ministros do presidente Jair Bolsonaro que devem concorrer nas eleições de outubro, quatro já estão traçando mudanças nos planos com o objetivo de tentar evitar uma amarga derrota. Os bolsonaristas devem abandonar as disputas majoritária e focar na Câmara dos Deputados.
Segundo informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, Fábio Faria (Comunicações), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Tereza Cristina (Agricultura) e Anderson Torres (Justiça) estão entre os ministros que cogitam buscar apenas uma vaga na Câmara.
Ambos do Rio Grande do Norte, Faria, que foi eleito deputado em 2018 pelo PSD, e Marinho, ex-deputado, chegaram a enfrentar alguns embates para definir quem seria candidato ao governo e quem sairia ao Senado. Diante das dificuldades de engatarem nas pesquisas e a baixa adesão ao bolsonarismo no estado, a dupla deve concorrer à Câmara dos Deputados.
Pesquisa feita pelo Instituto Seta para o Blog do BG revelada nesta segunda-feira (7) mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 51,4% das intenções de voto no RN, enquanto Bolsonaro aparece apenas com 23,8% no estado. Com a margem estreita no bolsonarismo, Faria e Marinho devem abandonar os planos majoritários.
Leia também: Lula avança e já conquista 1 em cada 5 eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno em 2018
A governadora Fátima Bezerra (PT) aparece com ampla vantagem na corrida pela reeleição, enquanto a vaga no Senado é disputada entre o atual senador Jean Paul (PT), o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) - que apoiou Bolsonaro em 2018 quando concorreu ao governo no segundo turno - e os dois bolsonaristas.
Tereza Cristina e Anderson Torres também tinham planos de concorrer ao Senado, mas ainda dependem dos cenários regionais (MS e DF) e podem se voltar à Câmara. Torres, inclusive, teria que enfrentar outra ministra, Flávia Arruda, caso queira concorrer ao Senado no DF.