ELEIÇÕES 2022

Haddad e PSB já descartam federação, mas coligação por Lula segue de pé

Em encontro com Lula, França reiterou que é candidato a governador, mas admitiu que, se as pesquisas nos próximos meses mostrarem Haddad à frente, ele recua

Fernando Haddad.Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en POLÍTICA el

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), pré-candidato ao governo de São Paulo, afirmou ao presidente do PV, José Luiz Penna, que não acreditava mais possibilidade de o PSB compor uma federação com o PT. Os dois almoçaram juntos no início da tarde de hoje num restaurante em São Paulo.

“Ele (Haddad) estava completamente certo de que não havia mais possibilidade de federar com o PSB. Eu tentei desfazer isso", afirmou Penna. "Haddad está otimista em relação ao França, mas considerando muito fortemente que o PSB não participe da federação”, complementou, se referindo à união entre PT, PSB, PV e PCdoB.

Penna ainda teve uma conversa por telefone com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, após o almoço com Haddad. Interlocutores do PV afirmam que o diálogo foi desanimador.

Pesquisas

Em um encontro nesta terça-feira, o ex-governador Márcio França (PSB) reiterou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que é candidato a governador, mas admitiu que, se as pesquisas nos próximos meses mostrarem Haddad à frente, ele recua.

"Ele reiterou tudo que vem dizendo: o critério são as pesquisas. Foi uma boa conversa, Lula é muito habilidoso, Márcio França também. Se o PT aceitar, o PSB aceita e todos aceitam", afirmou ao blog da Andreia Sadi o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

PSB

A opinião de Haddad é compartilhada por dirigentes do PSB. Eles também consideram que está cada vez mais difícil chegar a um acordo para a federação com o PT, de acordo com a analista de política da CNN Renata Agostini. A legenda, no entanto, entende ser importante firmar uma aliança, com uma coligação, por exemplo, para apoiar Lula.

A conversa sobre a federação, de acordo com um membro do PT, pode ir para frente em uma tentativa de salvar o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), aliado histórico dos petistas. Os comunistas têm risco de não bater a cláusula de barreira, perdendo tempo de propaganda na televisão e dinheiro do fundo eleitoral dependendo de seu desempenho nas eleições. O Partido Verde (PV) também estaria incluído.

Com informações do Valor