PANDEMIA

Negacionista, PTB quer punir deputados que defendam vacinas contra Covid

O presidente do diretório paulista da legenda declarou que os cidadãos devem ser livres para decidir "quais substâncias" vão colocar em seus corpos

Créditos: Fabio Motta/Prefeitura do Rio
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O diretório paulista do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) emitiu um comunicado onde ameaça punir os filiados que defenderem a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19.  A resolução, que não deixa claro que tipo de punição seria aplicada, foi divulgada na noite desta quinta-feira (18). 

Em suas redes, o presidente do PTB-SP, Otávio Fakhouri, defendeu a resolução e atacou as vacinas. "Para o PTB-SP, a liberdade é um princípio inegociável! Enquanto eu estiver presidindo o PTB-SP, a nossa posição será sempre a favor da liberdade do cidadão em decidir quais substâncias deve permitir que sejam inoculadas em seu corpo", escreveu.  

A nota do PTB-SP, que é assinada por Fakhouri, justifica a decisão uma maneira de proteger e preservar os direitos daqueles que não desejam "se submeter de forma voluntária à vacina ainda em caráter experimental". 

Sem qualquer embasamento científico ou com indicações de fonte, o presidente do PTB-SP afirma que as vacinas contra a Covid trazem danos às pessoas. "Diversos relatos, inclusive, de maus súbitos, AVCs, tromboses e muito outros efeitos colaterais". 

O PTB-SP também orienta que os parlamentares da legenda votem contra os projetos de lei que visem tornar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória. 

A orientação do PTB não possui qualquer lastro na realidade e não passa de negacionismo. Nenhuma das vacinas contra a Covid-19 são experimentais, todas já passaram pelas fases de testes e foram aprovadas para uso, ou seja, são seguras e não são experimentais. 

Em setembro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado onde explica que as vacinas contra a Covid são seguras. "Todas as vacinas em uso no Brasil tiveram condução de estudo de fase três de pesquisa clínica e já encerraram esta etapa", declarou, à época, a Anvisa.