A alta cúpula do PSDB estaria nos estágios finais de um plano para acabar com as pretensões e a panca do governador paulista João Doria. A ideia é deixá-lo levar a cabo a candidatura à Presidência da República, largando a cadeira do Palácio dos Bandeirantes e depois não homologando seu nome para a disputa pelo Palácio do Planalto. A informação é da jornalista Natuza Nery, comentarista de política da GloboNews.
Segundo Natuza, a intenção é agir abertamente de forma vingativa, uma vez que Doria criou diversas crises na sigla desde 2016, criando animosidades e gerando conflitos entre membros veteranos da legenda. Ela define o ambiente político no partido, que um dia foi a hegemonia da direita brasileira, como “nebuloso”.
A nota da jornalista dá conta ainda de que, com Doria fora do governo de São Paulo e abandonado quanto as suas aspirações à Presidência, o grosso do partido teria condições então de embarcar numa campanha do governador gaúcho Eduardo Leite ao Executivo federal, que se ocorrer será por outra legenda, uma vez que ele foi derrotado nas prévias pelo homólogo bandeirante.
Os principais caciques tucanos já não escondem mais que estão conspirando contra Doria. Numa reunião esta semana, em Brasília, na casa do ex-ministro Pimenta da Veiga, personalidades como Aécio Neves, José Aníbal e Tasso Jereissati confabulavam abertamente para frear a candidatura do “companheiro” de partido ao Planalto.