A candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado foi protocolada nesta quarta (7). Ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo de Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar terá o apoio da ala bolsonarista contra a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é apoiado pelos partidos que serão base do novo governo Lula e é favoritíssimo na disputa neste momento.
Ainda assim, a candidatura do PL acende uma esperança de vingança na extrema-direita. Os aliados de Bolsonaro querem eleger o presidente do Senado para garantir que seja dado seguimento a algum dos pedidos de impeachment apresentados pelo campo contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
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Pedidos de impeachment
A sanha de atingir Moraes mobiliza a ala bolsonarista. O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), por exemplo, chegou a solicitar, no último dia 22, que a Mesa do Senado colocasse em pauta os pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, apresentados por diversos senadores. Citou especificamente o pedido de autoria do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que contou com seu apoio e de outros parlamentares ao ser protocolado, em março de 2021. Seu argumento é que a peça estaria "muito bem fundamentada", tendo sido reforçada com novos argumentos e mais denúncias, em requerimento apresentado no início de novembro.
Com apoio do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto e de alguns senadores bolsonaristas, Marinho tem como principal bandeira o confronto direto com o STF e defende maior protagonismo do Senado para combater o que considera abusos e excessos de outros poderes.
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“Hoje, temos parlamentares amordaçados, que perderam o direito de se comunicar com seus eleitores, inclusive por meio da internet. O presidente do Congresso Nacional não pode continuar omisso perante as agressões ao Parlamento e à democracia brasileira”, defende o candidato à presidência do Senado. “Entendemos que é necessária uma candidatura que defenda um Parlamento forte e independente, e um Senado em condições de restabelecer a normalidade democrática e a liberdade de opinião”, completa Marinho.