O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais na manhã desta segunda-feira (5) para contar ao povo brasileiro que recebeu de Jake Sullivan, conselheiro de segurança dos Estados Unidos, um convite do presidente Joe Biden para visitar a Casa Branca, em Washington. “Estou animado para conversar com o presidente Biden a aprofundar as relações entre os nossos países”, declarou Lula.
Ao jornalista Eduardo Meirelles, da Revista Fórum, o ex-ministro Relações Internacionais de Lula, Celso Amorim, afirmou que Sullivan reforçou o convite a Lula para que visite Biden nos EUA antes da posse, mas Lula recuou e disse que tem questões domésticas urgentes, sem citar quais questões seriam. Agradeceu o convite, deu muita importância e valor, mas preferiu manter para depois da posse. Amorim conversou com jornalistas em sala no hotel onde Lula se hospeda em Brasília durante o período de transição. A coletiva ocorreu logo após a reunião com Sullivan.
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Lula comemorou o convite para a primeira viagem diplomática do seu novo mandato, que se insere em um contexto de recuperação da imagem do país no cenário internacional, após os anos de Jair Bolsonaro (PL) que transformaram o Brasil num “pária internacional”, segundo definição do próprio ex-ministro de Relações Internacionais bolsonarista, Ernesto Araújo. “O Brasil está voltando a ser respeitado pelo mundo”, disse Lula no Instagram ao compartilhar a foto com Sullivan.
Lula também falou na reunião sobre a importância do Atlântico Sul ser uma região de paz, sinalizando que vai repetir a Biden o que disse a Bush em 2003: “Nossa guerra é contra a fome”. Outros assuntos tratados na reunião foram tecnologias verdes, mudanças climáticas e as relações trilaterais entre Brasil, EUA e países menos desenvolvidos do continente africano, além da reforma do Conselho de Segurança da ONU e democratização do G20. Também falaram sobre a Venezuela e Haiti.
Além de Lula e Amorim, o senador Jacques Wagner (PT-BA) e Fernando Haddad (PT) participaram da reunião com Jake Sullivan.