Presidente do Senado, que deve ser escalado para entregar a faixa presidencial a Lula (PT) diante da fuga de Jair Bolsonaro (PL), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) decidiu romper uma tradição histórica no ato da posse para atender um pedido da futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja.
Janja está coordenando o evento da posse - que terá a presença de cerca de 60 artistas se apresentando no Festival do Futur - e fez dois pedidos ao presidente do Senado.
Um deles, por ser uma questão histórica, não foi atendido: a suspensão da apresentação da banda militar na sessão de diplomação no Senado.
Já o outro, abre um precedente nunca visto na história do país e da maioria dos países do mundo. Janja repassou ao presidente do Senado um pedido de pais de autistas e entidades protetoras dos animais para que não fossem usados fogos nem tiros durante o cerimonial.
Assim, Pacheco vetou a tradicional salva de 21 tiros de canhão no ato.
O cerimonial das festividades de posse de Lula considerou que muitos quesitos do rígido protocolo deste rito republicano já foram quebrados, como a passagem da faixa presidencial, já que Jair Bolsonaro (PL) se negou a fazê-la, assim como o desfile em carro aberto, até porque o Rolls Royce presidencial foi danificado no governo bolsonarista e não está funcionando.
Por tanto, suspender os tiros de canhão descaracterizaria ainda mais o momento histórico.