REAÇÃO

Comandante da Aeronáutica sofre ataques bolsonaristas nas redes; saiba o motivo

O brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior foi chamado de “covarde” e “omisso” por apoiadores radicais de Bolsonaro, que não se convencem do resultado das eleições

O brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior.Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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O brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, comandante da Aeronáutica, foi alvo de ataques no Twitter por parte de centenas de apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL). A razão da ira é o fato de que o militar declarou: “Jamais apoiaria rupturas democráticas”.

Baptista foi chamado de “covarde” e “omisso”, entre outros termos porque contestou a informação de que seria o único comandante das três Forças Armadas que apoiava “à invocação do artigo 142”, segundo a coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles.

O artigo 142 da Constituição, mencionado frequentemente por bolsonaristas, descreve o funcionamento das Forças Armadas. Segundo constitucionalistas, em nenhum momento ele autoriza qualquer Poder a convocá-lo para intervir em outro. O texto diz o seguinte:

“As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Após afirmar que não apoiaria “rupturas democráticas”, Baptista recebeu várias manifestações de bolsonaristas. Entre elas:

“Sr. Brigadeiro, já que o senhor falou em ruptura, gostaria de perguntar em que país o senhor vive. Não tem internet por aí, não?”, escreveu um apoiador de Bolsonaro.

“Vocês serão os responsáveis pela desgraça que o Brasil se tornará”, postou outro.