O futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, acertou com o atual titular do cargo, o general Paulo Sérgio Nogueira, a antecipação na troca de comando do Exército para acabar com a mobilização de grupos terroristas infiltrados entre apoiadores golpistas de Jair Bolsonaro (PL) que estão acampados em frente ao quartel-general da força em Brasília.
Assim, na sexta-feira (30), antevéspera da posse de Lula (PT), o general Julio Cesar de Arruda assumirá o comando do Exército no lugar de Marco Antônio Freire Gomes, nomeado por Bolsonaro.
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Arruda assume com a tarefa de desmobilizar o que resta dos atos em frente ao QG de Brasília e também em cidades por todo o Brasil, onde bolsonaristas que não aceitam a derrota na eleição montaram barracas para pedir intervenção militar enquanto o clã Bolsonaro curte os últimos dias no poder.
Múcio também acertou a antecipação na troca de comando da Marinha, que deve ocorrer entre quarta (28) e quinta-feira (29). Marcos Sampaio Olsen assume no lugar do almirante Almir Garnier.
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Somente na Aeronáutica a troca será feita após a posse de Lula. No dia 2 de janeiro, o brigadeiro Baptista Junior, considerado o mais bolsonarista dos comandantes das forças, dará lugar a Marcelo Kanitz Damasceno.
Em conversa com os futuros comandantes das Forças Armadas, Lula pediu que ainda em janeiro eles entreguem um diagnóstico sobre o aparelhamento feito por Bolsonaro entre os militares da ativa.
Contato com general
Em depoimento Polícia Civil do Distrito Federal na noite do último domingo (25), George Washington de Oliveira Sousa, que confessou ter armado a bomba próximo ao aeroporto da capital federal, afirmou ter contatado um “importante general do Exército” e que, após desdobramento do plano original, poderia ocorrer um “banho de sangue” - leia depoimento na íntegra.
Ao chegar à capital federal, hospedou-se no Econotel e, em seguida, alugou dois apartamentos no Sudoeste da cidade através do site Airbnb. Ele conta que nos acampamentos suspeitou da presença de “petistas infiltrados” entre os ambulantes, que estariam vendendo água e comida intoxicada aos presentes.
“Em posse dessas informações, há 3 semanas eu entrei em contato com um importante general do Exército e reportei a ele tudo sobre os infiltrados petistas no acampamento e disse que em breve poderia haver um grande derramamento de sangue se nada fosse feito. No dia seguinte, os militares do exército expulsaram todos os ambulantes do acampamento”, declarou.